Se estávamos à espera que fosse bom, superou as nossas espectativas, pois foi uma noite maravilhosa, passada em boa companhia, com uma ótima banda sonora e num ambiente muito acolhedor.
O talento deste dois fadistas é inegável, e provas disso nenhum dos dois precisava de dar, no entanto, a cumplicidade e carinho sentida entre os dois, isso sim foi aquilo que mais me impressionou em toda noite.
Ambos cantaram fados sozinhos, e deliciaram-nos com as suas interpretações únicas e especiais de cada um deles. Com vozes que não acabam nunca e que nem de microfone precisam, na sala o silêncio reinava para deixar o som divino preencher o espaço.
Ouviam-se comentários como “ah fadista!; És lindo! Bravo!” durante toda a noite e a cada interpretação.
No entanto os temas cantados entre os dois com harmonias feitas a duas vozes foram aqueles que mais me tocaram, pois as duas vozes pareciam uma só, tinham uma força incrível e ao mesmo tempo uma doçura enternecedora.
O repertório foi muito bem escolhido, pois foi bastante variado. Além de fado incluía também bastantes músicas populares e tradicionais portuguesas, as quais os dois fizeram questão que a sala participasse e se envolvesse, e também até uma morna (Saudade da Cezária Évora) que eu adorei o arranjo.
Soube a pouco como sempre, mas é para repetir de certeza.
Ainda tenho que salientar e agradecer a paciência e carinho que a Alexandra e o Gonçalo tiveram no final do espetáculo em cumprimentar as pessoas que os queriam felicitar e tirar fotos com eles, o que no fim de um espetáculo desgastante não deve ser fácil. Para o Gonçalo um beijo muito especial por todo o carinho.
Raquel
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